"Vidros duplos em casa e isolamento de telhados passam a ser dedutíveis em IRS" A esquerda não tem nada a dizer sobre este benefício para quem pode ter vidros duplos e telhados com isolamento?
Eis porque não votarei Alegre.
Francisco Louçã defendeu, em entrevista a Mário Crespo na SIC Notícias, que o aumento da taxa máxima do IVA prejudica os mais desfavorecidos. Demonstra-se facilmente que essa ideia é falsa porque quem tem mais rendimentos dispende uma maior parte do seu rendimento em bens sujeitos à taxa máxima, sendo portanto uma forma de tributação fortemente progressiva. Tendo por boa conta a capacidade intelectual de Louçã, só resta a hipótese de uma tremenda demagogia.
Este é o programa eleitoral com que o PCP se apresentou às eleições legislativas de 2009 (e do qual guardei com ardor religioso uma cópia). Ora, tem sido abundantemente repetido, quer pela comunicação social, quer por dirigentes políticos, que a maioria dos deputados então eleitos pertence a partidos que advogavam no seu programa eleitoral o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O único conjunto de partidos de esquerda que se qualifica para uma maioria inclui, obviamente, o PCP. Salvaguardando-me de ler integralmente o seu programa eleitoral, socorri-me da função "FIND" do Adobe para procurar algumas palavras que me permitissem alcançar uma referência que fosse ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O resultado é fantástico: nem do mesmo sexo, nem de sexos diferentes; o programa eleitoral do PCP não se refere a qualquer casamento ou união entre pessoas. Em boa parte devido à preguiça jornalística, fez-se passar uma ideia que não corresponde à verdade.
que deve avançar quem tem menos a perder.
A celeridade com que ocorreu a aprovação em Conselho de Ministros do diploma relativo ao casamento entre homossexuais permite ao Governo atingir dois objectivos.
Por um lado, cumpre uma promessa do programa eleitoral do PS, satisfazendo, não apenas os que a apoiavam mas, também, o eleitorado mais conservador, por não contemplar o regime da adopção.
Por outro, coloca um fardo pesado nas mãos de Cavaco que, muito provavelmente, terá de vetar o diploma pela inconstitucionalidade das alterações ao Código Civil suscitadas pela exclusão da adopção no âmbito do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Neste contexto, não será difícil prever que o Presidente será criticado pelo seu conservadorismo, mesmo que prevaleçam questões incontornáveis quanto ao respectivo ordenamento jurídico e constitucional, bem como um momento de preponderância do Governo face à Presidência da República.
PS: Este post não é nem nunca esteve para ser sobre a Mota-Engil.